São Paulo, domingo, 18 de agosto de 1996
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Legista é associado à morbidez

DA REPORTAGEM LOCAL

A quinta profissão mais rejeitada, médico do IML (Instituto Médico Legal), com 64% na estimulada, é a única de nível superior.
A profissão de médico do IML é confundida com a de médico-legista. A diferença é simples: todo médico que trabalha no IML é legista, mas nem todo legista trabalha necessariamente no IML.
Falta de informação e salário considerado baixo para a função (veja quadro) são as principais marcas da profissão. A rejeição em relação à profissão está ligada à proximidade com a morte.
"Mas é a minoria que lida com cadáveres", diz Sidney Netto, 51, médico do IML de São Paulo. "Há muitas outras coisas."
"A questão da morte é um aspecto folclórico. Mas a grande massa lida com lesões corporais, sexologia, laboratório, antropologia e outras áreas", esclarece Luiz Carlos Jorge, 47, presidente da Associação dos Médicos-Legistas do Estado de São Paulo.
O salário inicial é de R$ 1.000. "Tenho 23 anos de carreira e ganho R$ 4.000", afirma Jorge.

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