São Paulo, domingo, 18 de agosto de 1996 |
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Ainda há carvoeiros 'escravos'
PAULO YAFUSSO
O delegado-regional do Trabalho do Mato Grosso do Sul, Sílvio Escobar, diz que, nas carvoarias próximas, as condições de trabalho melhoraram. Nas de difícil acesso, ainda há trabalho escravo. Há dois meses, o Estado interditou uma carvoaria em Ribas do Rio Pardo (MS), onde os carvoeiros eram colocados em barracos de madeira e lona e bebiam água armazenada em galões usados como embalagens de agrotóxicos. Valfran Silva, 15, trabalha na Carvomax desde os seis anos. Ele, o irmão Valfredo e o pai, Osvaldo, cuidam de 44 fornos. "Ganhamos em média R$ 500." O diretor, Xisto Pereira, diz que recebem R$ 1.000. Trabalham das 3h às 18h, inclusive fins-de-semana e feriados. À noite, vão à escola, na carvoaria. Nunca tiveram problemas de saúde, mas aspiram fumaça e fuligem. Texto Anterior: Pesquisa é resultado da imagem social Próximo Texto: Pintor de prédio corre riscos Índice |
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