São Paulo, domingo, 18 de agosto de 1996 |
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Ataques podem voltar
FREE-LANCE PARA A FOLHA Em algumas crianças, a dieta cetogênica não acalma as crises epiléticas. Apesar disso, os pais continuam acreditando no tratamento.É o caso de Marcos Hitoshi, pai de Eric, 5. A epilepsia de Eric começou a se manifestar aos dois meses. "Ele mamava e, de repente, inclinava a cabeça para o lado esquerdo e parava por alguns segundos", conta o pai. Segundo ele, nos cinco primeiros meses da dieta cetogênica, Eric não teve crises. "As drogas foram suspensas e ele passou a se comunicar conosco, o que não acontecia antes." Entretanto, as crises de Eric voltaram de uma forma diferente. "Atualmente ele desaba no chão. Precisa até usar capacete para não se machucar", conta o pai. A dieta não é aplicada a esses tipos de caso. "Mas se ele voltar a ter apenas os sintomas antigos, voltaremos a introduzir a dieta", diz o pai. "Nós já esgotamos todos os medicamentos e, às vezes, ele chega a ter 40 crises por dia." Bruno Franco Silva, 6, não se adaptou à dieta devido a uma intolerância ao creme de leite. "Ele tinha fortes diarréias com sangue", diz o pai, Gilson Silva. O garoto fez a dieta durante um mês, período em que conseguiu ficar até dois dias sem ter crises. A família já sabia que Bruno tinha problemas com leite. Os pais também tiveram de convencer os avós a incorporar a idéia. "Ele é o único neto e nós ameaçamos nossos pais: eles só veriam o neto se respeitassem a dieta". Silva continua acreditando na dieta, ainda frequenta reuniões e congressos sobre o assunto. Ele desistiu de procurar um substituto para o creme de leite porque Bruno começou a tomar dois medicamentos que parecem ter reduzido o número de crises. Atualmente, o menino tem cerca de quatro crises por semana, que só ocorrem à noite. Texto Anterior: Crises caíram para 4 ao mês Próximo Texto: Bienal tem roteiros para todos os gostos Índice |
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