São Paulo, segunda-feira, 19 de agosto de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
PFL dispara em Salvador e Recife
JOÃO BATISTA NATALI
Segundo o Datafolha, o concorrente pefelista saltou de 37% para 47% no intervalo de 35 dias. Supera agora em 15 pontos percentuais a soma das intenções atribuídas a seus três principais adversários. São eles: Pedro Irujo (PMDB), que se mantém estável, com 20% em lugar dos 21%; Nélson Pellegrino (PT), que passou de 6% para 8%; e Domingos Leonelli (PSDB), candidato da atual prefeita, Lídice da Mata, que permanece com 4%. A pesquisa, feita em 13 de agosto junto a 639 eleitores, possui a margem de erro de quatro pontos, para mais ou para menos. Imbassahy carrega uma taxa de rejeição modesta -17%, quase a metade da que pesa sobre Irujo- e é também, para os entrevistados, o candidato com a melhor campanha no horário eleitoral. Ex-presidente da Eletrobrás e ex-governador do Estado (1994), Imbassahy é uma cartada com que os "carlistas" (partidários de ACM) procuram não deixar escapar desta vez o município com maior colégio eleitoral no Estado. A tucana Lídice da Mata, ao se eleger em 1992, entrou na mira de uma mídia amplamente controlada pelo senador e ex-governador Antônio Carlos Magalhães. Recife O PFL pernambucano também está com fôlego para pensar em dispensar o segundo turno na eleição de seu candidato em Recife. Roberto Magalhães, entre as pesquisas de 9 de julho e 13 de agosto, cresceu oito pontos e está agora com 49% das intenções de voto. Na segunda colocação, com apenas 12%, está o tucano João Braga (que tinha 9%), embolado com os candidatos do PPS, o senador Roberto Freire, e do PT, João Paulo, ambos com 8%. Roberto Freire, ex-comunista, estava em segundo lugar na pesquisa anterior, com 17%, mas caiu nove pontos percentuais. Roberto Magalhães, deputado federal e antigo adversário do atual governador Miguel Arraes (PSB), pertence ao mesmo grupo do vice-presidente Marco Maciel. Fortaleza A situação eleitoral em Fortaleza apresenta contornos ainda bem mais nítidos de uma definição antecipada. Juraci Magalhães (PMDB) está no patamar confortável das 66% de intenções de voto. Magalhães foi prefeito de 1990 a 1992 -eleito vice de Ciro Gomes em 1988, assumiu o cargo quando Ciro foi eleito governador, em 1990. O peemedebista tem agora três pontos a menos que na pesquisa anterior. Mesmo assim, nenhum dos adversários parece por enquanto ameaçá-lo. Nem mesmo Socorro França (PSDB), candidata do governador Tasso Jereissati num Estado governado pelos tucanos. Ela dobrou seu cacife de intenções, mas para chegar a somente 10%, empatada com Edson Queiroz (PPB) e bem à frente de Inácio Arruda (PC do B), com 4%. São Luís Em São Luís, o quadro não está mais tão confortável para Jackson Lago (PDT), que teve, entre as duas pesquisas do Datafolha, sua vantagem sobre João Castelo (PPB) reduzida de 24 para 9 pontos percentuais. Lago, aliado local do PT, está com 42%, enquanto Castelo tem 33%. São ambos inimigos da família Sarney, que controla o PFL -da governadora Roseana- e o PMDB -do ex-presidente e senador José Sarney (PMDB-AP). Os dois partidos apóiam Pedro Fernandes, que foi de 4% para 9%. Campo Grande Por fim, em Campo Grande, Levy Dias (PPB), tem sua liderança contestada. Caiu de 29% para 27% e agora está em empate técnico com Zeca do PT (PT), com 24%. Zeca subiu sete pontos em relação à pesquisa de julho. Em seguida aparece André Puccinelli (PMDB), com 22%, que pertence ao mesmo partido do governador e do prefeito da capital. Texto Anterior: Presidente é beijado em visita à Bienal Internacional Livro Próximo Texto: Bob Dole e o infomercial Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |