São Paulo, segunda-feira, 19 de agosto de 1996
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Negócios com prazer

ALEX PERISCINOTO

Não é de hoje que o assédio sexual é polêmica nos Estados Unidos. Campanhas e programas de TV já abordaram o assunto. Mas agora a coisa esquentou. Pelo menos nos lucros.
Empresas de consultoria, segundo a Advertising Age, descobriram que a ética é um ótimo negócio e estão ficando milionárias com o trabalho de investigar, orientar e salvar as companhias envolvidas nesse tipo de escândalo.
Com o intuito de resguardar a imagem da empresa contratante, e com o aval do governo federal, esses profissionais esmiuçam e vigiam a vida dos executivos até fora de seus ambientes de trabalho.
Como na universidade americana de Antioch, no Estado de Ohio, onde, para regulamentar os relacionamentos amorosos de alunos, professores e funcionários, foi adotado um roteiro a ser seguido por quem não quer ser acusado de assédio sexual.
Nenhum movimento pode ser feito por um garoto para conquistar uma garota sem que ele peça permissão para isso. Desde segurar os livros até desabotoar a sua blusa.
Para terminar, vi uma charge muito interessante na Adweek. A mulher diz ao marido, na cama: "Obrigada, querido, por entender que na agência meu redator e eu temos uma relação de intimidade, formamos uma dupla explosiva. Ele nunca vai me decepcionar e eu nunca vou decepcioná-lo".
E completa: "Mas você não trabalha em criação, querido. Se você tentar ter uma relação como essa, eu te mato".

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