São Paulo, segunda-feira, 19 de agosto de 1996
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Fernández divulga novas medidas fiscais

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O ministro argentino da Economia, Roque Fernández, anunciou sábado medidas que ampliam o severo "pacote" de ajuste fiscal divulgado na semana passada.
As novas medidas reforçam o objetivo de reduzir o déficit fiscal (diferença entre o que o país arrecada em impostos e o que gasta), que deve atingir os US$ 6,6 bilhões no final deste ano.
O déficit argentino acumulado nos primeiros sete meses já chegou aos US$ 3,3 bilhões, acima portanto dos US$ 2,5 bilhões acertados com o FMI (Fundo Monetário Internacional) para o ano todo.
Fernández disse que foi ampliada a lista de produtos e serviços sobre os quais incide o IVA (Imposto de Valor Agregado), a principal fonte fiscal do governo Menem.
O imposto deverá passar a ser cobrado, por exemplo, sobre os aluguéis comerciais e industriais. Passa a recair também sobre atividades de lazer.
Poucos dias depois de substituir Domingo Cavallo como ministro da Economia da Argentina, Fernández anunciou a elevação das alíquotas de alguns impostos, aumento nos preços dos combustíveis, alteração de 60 para 65 da idade de aposentadoria das mulheres.
Greves
O "pacote" fiscal provocou reações negativas da população, de acordo com pesquisas feitas pela imprensa argentina. A Confederação Geral do Trabalho, a mais importante das três centrais sindicais, deverá anunciar nos próximos dias uma nova greve.
Opinião pública
O jornal "La Nacion" divulgou ontem pesquisa em que 61% dos entrevistados se dizem contra as medidas anunciadas pelo novo ministro e acreditam que elas podem prejudicar a economia argentina.
Ainda segundo o levantamento, 47% dos entrevistados dizem acreditar que a situação vai piorar
Para 30% dos entrevistados, a situação dos argentinos deve permanecer como está, apesar da troca do comando da economia.

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