São Paulo, sexta-feira, 23 de agosto de 1996
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PIB per capita cai no 2º ano do Real

Produção cresce menos do que a população

CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO

O PIB per capita (Produto Interno bruto por habitante) no Brasil apresentou nos 12 meses de julho de 95 a junho deste ano uma queda de 1,08%, contra um crescimento de 6,47% nos 12 meses anteriores, o primeiro ano do Plano Real.
A queda registrada no segundo ano do plano econômico foi consequência de um aumento de 0,27% na produção econômica, contra uma média de crescimento populacional de 1,4%.
Como a população cresceu mais que a produção, a fatia do bolo hipoteticamente atribuída a cada habitante ficou menor.
Na média dos dois primeiros anos do Plano Real, o PIB per capita cresceu 5,32%, em consequência de um aumento de 8,2% do PIB total e de 2,8% da população.
Conceitos
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que divulgou esses dados, alerta que o PIB per capita é diferente da renda per capita.
A taxa de crescimento do PIB é o quanto aumentou ou diminuiu a produção física de bens no país.
O PIB per capita é a divisão desse produto pelo número de habitantes.
Já a renda per capita é a divisão do valor dessa produção por habitante, computando-se ainda a diferença entre a saída e o ingresso de recursos no país. Se os preços caem em um ano, a renda pode se reduzir, mesmo que a produção registre um pequeno aumento.
O IBGE não divulgou o valor da produção no primeiro semestre deste ano. O último valor divulgado pelo órgão foi R$ 631,66 bilhões para o PIB total de 1995.
Os dados do IBGE para os dois primeiros anos do Plano Real mostram que a maior contribuição por setor para o crescimento de 8,2% do PIB foi das comunicações, com 43,7%.
Pulso telefônico
Esse crescimento, segundo Almir Cronemberger, coordenador da pesquisa, tem como principal motivo o aumento da quantidade de pulsos telefônicos.
A segunda maior contribuição para o crescimento foi da produção animal, com 23,8%. O comércio cresceu 10,1%, e a indústria de transformação, 4,3%.

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