São Paulo, sexta-feira, 23 de agosto de 1996
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Golpe em Burundi fez 6.000 mortos

Anistia divulga relatório

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Anistia Internacional anunciou que mais de 6.000 pessoas foram assassinadas em Burundi nas três primeiras semanas após o golpe militar do mês passado.
Segundo a Anistia, 4.050 civis já foram enterrados entre 27 de julho e 10 de agosto na Província de Gitega (sul do país).
"A maioria das vítimas foi morta após a chegada ostensiva do Exército a seus vilarejos para obter informações sobre movimentos rebeldes", disse o grupo.
O atual presidente de Burundi, Pierre Buyoya, da etnia tutsi, assumiu a Presidência do país em 25 de julho passado após um golpe militar que destituiu Sylvestre Ntibantunganya, da etnia hutu.
A guerra entre hutus e tutsis começou em 1993 e já matou pelo menos 150 mil pessoas.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) encerrou ontem a repatriação de 45 mil refugiados hutus de Ruanda. Segundo o organismo, os últimos 6.000 refugiados que ainda estavam em Burundi deixaram o campo de Magara. Apenas 220 se recusaram a voltar.

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