São Paulo, sábado, 24 de agosto de 1996
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Violência das organizadas está enterrada

MARCO POLO DEL NERO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Basta!
A violência praticada por torcedores organizados em facções com estandarte próprio, mas vivendo sobre a sombra e imagem dos grandes clubes, está enterrada em fosso profundo.
Não voltará jamais.
A Federação Paulista de Futebol, por meio de Eduardo José Farah, seu presidente, a Promotoria de Justiça da Cidadania, representada por Fernando Capez, a Polícia Militar, pelos laboriosos coronel Carlos Alberto Camargo e major Villar, em amparo à vontade da sociedade decidiram que essa paz vai continuar.
Há alicerce para a manutenção dessa conduta.
Os índices de ocorrências policiais no interior dos estádios foram reduzidos em 90%.
E as depredações nos ônibus e metrô não mais ocorreram.
Acabou o vandalismo.
Em princípio, só se admitirá a volta das torcidas uniformizadas -não confundir com "torcida organizada", esta sob forma de comandos paralelos- desde que o torcedor esteja associado ao seu respectivo clube, com deveres e obrigações e plenamente identificado.
Os menores só poderão frequentar os estádios com autorização dos pais.
Também deverão estar devidamente credenciados, como determina portaria expedida pela Corregedoria da Vara da Infância e da Juventude.
Os sócios-torcedores, regularmente cadastrados, serão beneficiados com redução dos preços dos ingressos nos estádios.
Porém, não haverá divisão de torcidas dentro dos estádios.
Mesmo porque no Campeonato Paulista de futebol profissional do próximo ano os assentos de todos os estádios serão numerados.
E não se venderá ingressos para grupos.
A Polícia Militar está equipada com várias câmeras de vídeo distribuídas no interior das praças desportivas.
Ao menor rumor, manifestação ou desavença entre torcedores durante os jogos, gravam as imagens e os identificam, o que acaba inibindo sua atuação belicosa.
A bebida alcoólica vendida nos estádios ou nas suas imediações continuará proibida.
Destarte, tenham certeza os apaixonados pelo futebol que a violência não voltará.

Hoje, excepcionalmente, não publicamos a coluna de Matinas Suzuki Jr.

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