São Paulo, domingo, 25 de agosto de 1996 |
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Novo conflito por terra deixa um morto no Pará Sem-terra ferido relata sequestro e mais três mortes ESTANISLAU MARIA
Segundo o posseiro Gilvan Alves da Silva, ferido que foi socorrido em Marabá, há também três posseiros mortos. O delegado Guilherme Tavares, de Marabá, que esteve na fazenda na sexta-feira, disse ter encontrado apenas o corpo do trabalhador braçal identificado por Goiano. Foi em Eldorado do Carajás que aconteceu o massacre dos 19 sem-terra pela Polícia Militar do Pará em 17 de abril deste ano. Segundo Claudio Nastromagario Júnior, um dos donos da fazenda, que mora em Bebedouro (SP), o clima era tenso desde o dia 19 de junho, quando a área foi invadida. Tavares disse que, na quinta-feira, cerca de 90 trabalhadores contratados para desmatar parte da fazenda entraram em tiroteio com aproximadamente 50 posseiros. Goiano levou um tiro na cabeça e um na altura do peito. O polícia informou que posseiros e trabalhadores estavam armados com espingardas de fabricação caseira. Até as 13h de ontem, ninguém havia sido preso. O posseiro socorrido em Marabá apresentou outra versão à polícia: ele e mais três posseiros foram sequestrados por um grupo de pistoleiros da fazenda na terça-feira. Ele fugiu, mas os três teriam sido mortos na quarta-feira. Segundo a polícia, o posseiro Silva está internado em Marabá. O delegado Tavares não quis revelar à Agência Folha em qual hospital. Tavares disse que a polícia fez buscas na fazenda e não encontrou mais nenhum corpo. Pedido dos fazendeiros de Bebedouro Vinícius e Patrícia Camargo Pimentel, Francisco Carlos de Luccia e Claudio Nastromagario Junior, para reintegração de posse da Francisco, aguarda uma decisão da Justiça desde 9 de julho. Texto Anterior: A fraude do Nacional Próximo Texto: Jungmann rompe negociação com MST Índice |
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