São Paulo, segunda-feira, 26 de agosto de 1996 |
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Reinvenção da empresa é aconselhada Consultor ensina a competir CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
Essas deveriam ser as primeiras perguntas que um empresário deveria fazer a si mesmo e a outros dirigentes da sua companhia, se ele estiver disposto a torná-la competitiva, não apenas no presente, mas também no futuro. As empresas devem, sim, se preocupar e investir em questões como cortes nos custos, aumento da qualidade e da produtividade. Esses são temas importantes para a sobrevivência das companhias. Não são, porém, suficientes para fazer com que as empresas continuem competitivas no futuro. Para se tornar permanentemente competitiva é preciso que a empresa reinvente seu negócio o tempo todo, como a Microsoft fez no setor de informática. Esta é a receita de Gary Hamel, 41, especialista americano em administração que esteve na semana passada no Brasil fazendo uma série de palestras para cerca de 800 dirigentes de empresas. Professor da London Business School, sua especialidade é competitividade. Hamel defende a idéia de que as empresas não precisam investir numa equipe de "gênios" que proponham inovações e mudanças. O ideal, diz ele, seria envolver a companhia inteira numa proposta de "repensar e planejar o futuro" da empresa. Especialmente importante para os dirigentes da empresa seria ouvir as sugestões de três grupos de pessoas, normalmente sem direito a expressar suas idéias nas organizações empresariais: os mais jovens, os que trabalham em locais distantes da matriz e os que acabaram de entrar na companhia. Recentemente, exemplificou ele, uma secretária de apenas 29 anos propôs uma nova atividade para a empresa em que trabalhava que acabou rendendo um faturamento de US$ 2 milhões. Quem trabalha na "periferia" de uma empresa, por sua vez, tende a ser mais criativo porque em geral conta com menos recursos. Texto Anterior: Confira sua aplicação Próximo Texto: Programa enfrenta resistência Índice |
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