São Paulo, segunda-feira, 26 de agosto de 1996
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Ajude o amigo, mas sem recriminar

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

"Tenho um amigo de 15, que é uma pessoa superlegal. Só que de uns meses para cá ele começou a entrar nas drogas e anda bem estranho. O que faço? Converso com ele numa boa ou corto minha amizade? Tenho medo que ele se ferre de vez."
Resposta
É bem bacana você estar preocupada com seu amigo. Se ele é um cara legal, e você está com medo que ele se dê mal, não tem por que tirar o corpo fora. Muita gente acaba entrando em contato com as drogas na adolescência. De um lado, eles têm o apelo da curiosidade, do desafio, do proibido -tudo que muito jovem curte.
Só que muita gente não consegue lidar com essa experiência numa boa. Falta maturidade para reconhecer os próprios limites e saber quando é chegado o momento de parar.
E aí vem um monte de histórias ruins. Dependência (a pessoa não consegue ficar sem a droga), mentiras e até envolvimentos de risco para arrumar dinheiro para comprar as drogas.
Se você está preparada para ajudar, mãos à obra. Sente com seu amigo, pergunte o que está acontecendo e deixe espaço para ele falar.
Nada de recriminar, pressionar ou detonar. Assim, não há porta de entrada.
É possível que você não consiga dar conta do recado sozinha. Nesse caso, não ponha tudo a perder. Procure mostrar para ele que a ajuda de um profissional (psicólogo ou psiquiatra) pode ser a melhor solução.

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