São Paulo, quarta-feira, 28 de agosto de 1996 |
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Classe média preocupa PSDB
CARLOS EDUARDO ALVES
Em discurso a um grupo de economistas, na noite de anteontem, ele argumentou que a classe média está se deixando influenciar pelas pesquisas e, também, pelo antipetismo. "Muitas vezes, a rejeição ao PT leva o eleitor a dizer que 'vou terminar no primeiro turno com esse aqui' para não dar chance a Erundina", afirmou, ao se referir a uma suposta preferência da classe média pelo candidato do malufismo para, principalmente, derrotar o PT. Depois de afirmar que as pesquisas "atrapalham" seu trabalho junto aos setores de renda média, Serra estendeu o raciocínio. Para ele, o voto aí está sendo orientado basicamente pelo trabalho dos institutos e pela rejeição. O tucano acredita que a dificuldade encontrada até agora -ele está em quarto lugar na pesquisa do Datafolha, com 9% das preferências- não está na proposta e nem na capacidade de mobilização do PSDB paulistano, mas sim no peso que as pesquisas demonstraram até agora. O comando da campanha de Serra foi surpreendido pelo avanço do malufismo na classe média, tradicionalmente uma área simpática à pregação tucana e ao discurso de Serra. Algumas providências já foram tomadas. Anteontem e ontem, o candidato agendou visitas a universidades e reforçou o trabalho de rua em áreas de circulação da classe média. "Bandeiraços" foram promovidos em vias como Rebouças, Paulista, Sumaré, Consolação, Pacaembu e Faria Lima. Locais de grande afluência de pessoas, como as praças da Sé e da República, também foram alvo das bandeiras tucanas. Aos economistas, Serra fez um discreto apelo ao voto útil antimalufista. Receitou uma maneira de abordar a classe média. "Se for a Erundina para o segundo turno, o Pitta ganha. Se for eu, nós ganhamos", disse. Até agora, as simulações apontam para uma vitória de Pitta contra qualquer adversário eventuais segundos turnos. Texto Anterior: Serra diz ser um dos autores do Real Próximo Texto: Os candidatos no rádio e na TV Índice |
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