São Paulo, quarta-feira, 28 de agosto de 1996
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'Garoto vai continuar matando'

CRISPIM ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

"Se ele ficar solto, vai continuar matando. Ele é completamente louco." A frase é da publicitária Maria Luisa Soares Martins, 31, irmã do bancário morto por C.A.S., 16, preso no último final de semana sob acusação de participar do assalto ao bar Bodega, em Moema, zona sul.
No assalto, foram mortos a estudante Adriana Ciola e o dentista José Renato Pousada Tahan. C.A.S. é apontado como o autor do disparo que matou Tahan.
C. foi preso há três anos, acusado pela morte do bancário Fernando Soares Martins, irmão de Maria Luisa. O menor ficou dois anos e meio na Febem.
"Adiantou ele ter ido para a Febem? Depois de três anos não aconteceu nada, e ele voltou a roubar e matar", afirmou Maria Luisa.
Na época da morte do irmão, a publicitária disse que chegou a "ficar com pena" de C.A.S., que tinha 13 anos e "era fruto da sociedade". A publicitária afirmou que recebeu críticas da família e de amigos. Hoje, concorda com eles.
"Fico frustrada e revoltada por não terem feito nada para recuperar o garoto ou mantê-lo preso."
Maria Luisa afirmou que chorou quando soube que C.A.S. foi acusado pela morte do dentista. "Não acreditei que ele pudesse fazer isso de novamente."
O bancário foi morto com um tiro na boca no dia 3 de agosto de 93, na esquina da avenida Rebouças com a rua Groenlândia, por uma gangue que roubava relógios Rolex nos Jardins.

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