São Paulo, quarta-feira, 28 de agosto de 1996
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Calculadora é criticada

DA REPORTAGEM LOCAL

O admissão do uso de calculadora a partir da 1º série do 1º grau causa polêmica entre especialistas.
"Estou 100% de acordo. O modo como vai ser usada é que deve ser discutido", diz Nilson José Machado, 49, professor da Faculdade de Educação da USP.
Para ele, a calculadora deve fazer parte do instrumental básico do aluno. "É um uso inicial do próprio computador. O tempo gasto com as contas pode ser usado para analisar os dados do problema."
O professor aposentado do Departamento de Ciências da Computação da USP Valdemar Setzer, 55, é contra o uso da calculadora no 1º grau. Para ele, o uso deveria ser admitido a partir do 2º grau.
"Não se percebe que a criança está aprendendo mais do que a operação em si. É um tremendo treino mental para aprender alguma coisa totalmente abstrata."
Para a coordenadora do curso de pedagogia da PUC-SP, Noely Weffort de Almeida, 49, fazer contas ajuda a desenvolver a capacidade de raciocínio. "Com o uso da calculadora, pula-se uma etapa." Para ela, a calculadora só deve ser usada a partir da 5ª série.

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