São Paulo, quarta-feira, 28 de agosto de 1996 |
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Bancos mantêm tarifas, constata Procon
DA REDAÇÃO Os bancos mantiveram inalterado o valor das tarifas cobradas por seus serviços entre 11 de julho e 21 de agosto, segundo pesquisa do Procon-SP (Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor) junto a 13 instituições, com base em 24 serviços.As únicas alterações no período foram registradas em três bancos: 1) o Bamerindus passou a cobrar R$ 14,00 pela renovação de cadastro de pessoa física e baixou a tarifa de extrato por terminal de R$ 2,40 para R$ 1,10 e do cartão magnético de conta especial de R$ 5,00 para R$ 4,50; 2) a Caixa Econômica Federal retirou a isenção da renovação de cadastro de pessoa física, que agora tem tarifa de R$ 7,30; 3) o Real reduziu as tarifas de dez de seus serviços, entre eles o segundo talão de cheques no mês (R$ 6,80 para R$ 4,00), cheque avulso (R$ 6,00 para R$ 1,50) e extrato por terminal (R$ 1,10 para R$ 0,80). O fato de essas tarifas permanecerem inalteradas não surpreende porque se referem a serviços que já podiam ser cobrados, como o segundo talão de cheques no mês e transferências de dinheiro para outros bancos via Doc. Os bancos já haviam ajustado os valores antes e depois do Plano Real, com vistas a cobrir, com a receita de serviços, os custos com pessoal. Muitas das tarifas atuais são iguais às praticadas no final do ano passado. Novas tarifas A pesquisa não registrou a cobrança por serviços que antes eram gratuitos e que foram liberados pelo Banco Central em julho. Antes que eles passem a ser tarifados, os bancos devem informar o próprio BC e os clientes. Até a última segunda-feira, apenas 28,41% das instituições financeiras haviam comunicado o BC as tarifas que passarão a cobrar dos usuários. A liberação foi divulgada em 26 de julho último. As instituições tinham até 9 de agosto para fazer essa comunicação. Com o atraso, a resolução que liberou a cobrança da maioria dos serviços bancários poderá ser alterada, exigindo-se a informação imediata, e não num período de três meses. Diferenças O que a nova pesquisa do Procon-SP voltou a constatar foi a grande disparidade entre algumas das tarifas que já vinham sendo cobradas. As diferenças chegam a 2.600%, como no caso de cheque devolvido, e 2.153,33% (cheque avulso). A partir da resolução do Banco Central, os bancos poderão cobrar, por exemplo, pelo fornecimento de qualquer talão de cheque (mesmo o primeiro do mês) ou cartão magnético, sendo gratuito apenas um desses serviços, à opção do cliente. Pela pesquisa do Procon-SP com 13 bancos no último dia 21, o preço do segundo talão no mês -que já podia ser tarifado- varia de R$ 3,20 no Bradesco e Bamerindus a R$ 6,10 no Safra. As tarifas pela emissão de cartão magnético vão de R$ 4,50 (Bamerindus, Itaú e Real) a R$ 10,00 (Safra). Muitos bancos mantêm um sistema de tarifas diferenciadas por cliente, dependendo do volume de aplicações ou da frequência de uso dos serviços. O Procon-SP notou também que a nomenclatura dos serviços é diversificada nos bancos, o que muitas vezes dificulta a comparação. O órgão fornece a pesquisa em seus postos de atendimento em São Paulo (rua Líbero Badaró, 119, centro; rua Bandeira Paulista, 808, Itaim Bibi, zona sul da cidade; e estação Tatuapé do Metrô). Informações também podem ser obtidas pelo telefone 231-5700. Texto Anterior: Café com açúcar pode ter venda proibida Próximo Texto: Maioria no BB apóia demissão voluntária Índice |
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