São Paulo, quarta-feira, 28 de agosto de 1996
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Veja como fica a cobrança do ICMS

O que diz o projeto
- acaba a cobrança do ICMS na exportação de produtos básicos (grãos, por exemplo) e semi-elaborados (café, suco de laranja etc)
- as indústrias nacionais também deixam de pagar o imposto na compra de máquinas utilizadas na produção
Consequências econômicas
- cai o preço dos produtos nacionais vendidos no exterior, provocando aumento nas exportações
- diminuem os preços dos produtos nacionais, forçando uma queda nas importações
Governo federal X Estados

Como os Estados serão compensados pela perda do ICMS
- até 60 dias após a aprovação do projeto, os Estados irão receber uma antecipação da compensação da ordem de R$ 500 milhões
- a partir do próximo ano, a compensação terá como base de cálculo a perda de receita, acrescido de 2% do PIB (Produto Interno Bruto). Esse acréscimo só será válido nos dois primeiros anos
- os Estados que tiverem até 10% de perda de receita terão a compensação por seis anos. A cada dois pontos percentuais, será dado mais um ano de restituição. Ou seja, prazo de sete anos para perda de 12%, oito anos para 14% etc
- os Estados que tiverem dívidas com a União receberão a compensação em títulos, que deverão ser utilizados para abater o débito. Quando a restituição for maior que as dívidas, a compensação será paga em dinheiro
- os gastos com a compensação ficam limitados a US$ 3,6 bilhões no próximo ano e a US$ 4,4 bilhões a partir de 1998
Quem ganha, quem perde
- perde o governo, que queria dar R$ 480 milhões em 90 dias
- perde o governo, que pretendia dar a compensação sem o acréscimo
- ganham os Estados, que conseguiram mais quatro anos de compensação além dos seis anos oferecidos inicialmente pelo governo
- perde o governo, que queria pagar a compensação somente com títulos
- perdem os Estados, que queriam um total de US$ 5,5 bilhões de compensações a partir de 1998

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