São Paulo, quarta-feira, 28 de agosto de 1996
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Leasing para pessoa física deve sair hoje

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O CMN (Conselho Monetário Nacional) volta a examinar hoje medidas para relaxar as restrições ao crédito e ao consumo, adotadas a partir do Plano Real.
Deverá ser aprovada a volta do leasing -aluguel com opção de compra do bem, que funciona como uma espécie de financiamento- para pessoa física.
O CMN deverá ainda criar o leasing operacional, uma modalidade com prazo de 90 dias, aberto a pessoas físicas e jurídicas e voltado para bens menos duráveis -computadores, por exemplo.
Mas existe, na equipe econômica, cautela com relação às possibilidades de incentivar mais crescimento na economia.
O motivo dos temores é a balança comercial, que mostra importações superando exportações neste ano (US$ 630 milhões até julho/96). Há previsões de déficit de até US$ 2 bilhões em 1996.
No caso do leasing para pessoa física, espera-se pouco impacto na economia. Nas previsões do Banco Central, a liberação poderá gerar novos negócios de R$ 100 milhões anuais. O setor movimenta R$ 2 bilhões ao ano.
Os juros no leasing (4% ao mês) são mais baixos do que no crédito ao consumidor (entre 5% e 7% mensais). Além disso, o financiamento chega a 100% do valor do bem, como um automóvel.
O CMN ainda poderá aprovar hoje mais facilidades para os empréstimos do BC aos bancos pela chamada linha de redesconto.
Pretende-se estender o acesso ao redesconto aos bancos de atacado -aqueles que operam com poucos e grandes clientes.
Também se estuda aumentar de um para dois meses o prazo da TBC (Taxa Básica do BC).
Embora não necessariamente seja decidida hoje, a privatização do Credireal, de Minas, também está na pauta de discussões do CMN.

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