São Paulo, quarta-feira, 28 de agosto de 1996
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Após nova confissão, belgas escavam casa de Dutroux

Policiais usam radares para procurar corpos de meninas

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A polícia belga vasculhou ontem uma das casas de Marc Dutroux, acusado de comandar uma rede de tráfico de meninas e de manter em sua casa duas garotas de oito anos que morreram de fome.
Na segunda-feira à noite, Dutroux levou policiais a sua casa e disse que havia enterrado lá An Marchal, 17, e Eefje Lambrecks, 19. Além disso, ele confessou mais três mortes. As duas haviam desaparecido há um ano.
A polícia iniciou uma escavação na casa e, mais tarde, trouxe radares para ajudar a procurar os corpos. Até a noite de ontem (tarde no Brasil) nada havia sido encontrado na casa, que fica em Jumet, sul da Bélgica.
Um cão farejador se deteve sobre o chão em uma garagem junto à casa. Um remendo no pavimento faz a polícia suspeitar que as jovens tenham sido enterradas ali.
Os corpos de Melissa Russo, Julie Lejeune, ambas de oito anos, e Bernard Weinstein, amigo de Dutroux, foram encontrados há 11 dias no jardim de uma outra casa dele, próxima à cidade de Charleroi.
A Justiça da Bélgica está estudando a possibilidade de indicar um defensor público para Dutroux, 40. Vários advogados negaram a causa até agora.
Ele já havia sido condenado anteriormente por pedofilia. Segundo um depoimento dele divulgado pela agência de notícias "Belga", ele agiu com proteção de policiais que conheciam suas tendências à pedofilia.

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