São Paulo, sexta-feira, 30 de agosto de 1996
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Consumo de crack é tolerado no centro

ROGERIO WASSERMANN
ORMUZD ALVES

ROGERIO WASSERMANN; ORMUZD ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Polícia admite que a situação é problemática na região e que a droga é uma das principais causas da violência

Apesar de apontado pela polícia como uma das principais causas do aumento da criminalidade nos últimos tempos, o consumo e tráfico de crack em São Paulo continuam acontecendo às claras, sem repressão.
A Folha acompanhou, em dois dias, o movimento na praça Júlio Mesquita (centro de São Paulo), onde diversos garotos se concentram para fumar crack. Durante as mais de cinco horas nas quais a reportagem esteve na praça, não foi visto um único policial.
O DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) atribui ao tráfico de drogas, principalmente o crack, a motivação de cerca de 40% das chacinas ocorridas na Grande São Paulo neste ano.
Segundo o juiz titular da 4ª Vara Especial da Infância e Juventude e corregedor da Febem, Luiz Fernando Salles Rossi, 40, o tráfico de drogas é responsável por 8% das internações na instituição.
Os responsáveis pelo policiamento na região negam que a praça fique desassistida, mas concordam que a situação é problemática. "Nesta área está meio bravo o negócio", afirma Alexandre Sayão, da delegacia de crack do Denarc (Departamento Estadual de Investigações Sobre Narcóticos).

LEIA MAIS sobre o consumo de crack na pág.8

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