São Paulo, sexta-feira, 30 de agosto de 1996
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Economia americana cresce 4,8%

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Produto Interior Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu a um ritmo anual de 4,8% no segundo trimestre, disse ontem o governo. É a maior alta em dois anos.
O resultado, que superou as expectativas, provocou temor no mercado financeiro de uma alta nos juros e desencadeou vendas na Bolsa de Nova York, que fechou com perda de 1,13%.
O nervosismo dominou todo o pregão. A média industrial Dow Jones, principal indicador do mercado, perdeu 64,73 pontos e fechou a sessão em 5.647,65.
O Fed (banco central) vai reunir seu comitê de política monetária no dia 24 de setembro para decidir os rumos da política de juros.
Mas o mercado já reagiu e os juros nos títulos de 30 anos voltaram a superar o patamar de 7%, chegando a 7,04% contra os 6,98% da véspera.
Esse é o seu nível mais alto em um mês. Os observadores esperavam um crescimento de 4,2% no segundo trimestre.
A preocupação dos investidores aumentou ainda mais com o anúncio de que as vendas de casas novas aumentou 7,9% em julho nos EUA, bem acima do que previam os especialistas.
A forte queda na Bolsa acionou os mecanismos automáticos de interrupção de contratos.
Esses movimentos naturalmente se transmitiram aos mercados de divisas.
A alta dos juros norte-americanos leva os investidores a procurarem se posicionar em dólares, fortalecendo essa moeda, que ontem subiu frente ao marco. Mas depois de um movimento inicial de valorização, o dólar sofreu também os efeitos do temor de novas quedas nos mercados acionários. As ações de bancos foram as que mais perderam durante a sessão de ontem.

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