São Paulo, sexta-feira, 30 de agosto de 1996 |
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Hamas pede 'maior resistência' contra Israel
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS O grupo palestino radical Hamas (Movimento de Resistência Islâmico) pediu ontem que os palestinos "aumentem a resistência contra o inimigo" por causa dos recentes anúncios de novos assentamentos israelenses na Cisjordânia."A greve parcial é apenas um modo de esquentar as atividades", disse um comunicado do grupo palestino divulgado ontem. "Estamos pedindo também uma maior resistência e confrontos com o inimigo israelense." O Hamas é o responsável por atentados que deixaram mais de cem mortos em Israel desde que a Organização para a Libertação da Palestina fez um acordo de paz com o país, há três anos. Ontem, o fundador e líder espiritual do grupo, o xeque Ahmed Iassin, preso em Israel, foi hospitalizado para fazer exames médicos. "Nesta tarde, o xeque Iassin terminou testes médicos e retornou à prisão", disse um porta-voz do governo de Israel. Uma autoridade carcerária disse que ele estava com uma pneumonia fraca. O religioso muçulmano, de 60 anos, foi condenado em 1989 por ordenar ataques de guerrilheiros do Hamas contra alvos em Israel. O líder palestino Iasser Arafat pediu que Israel liberte Iassin (confinado a uma cadeira de rodas) por motivos humanitários. Israel vai estudar sua libertação. Líbano Um soldado de Israel morreu ontem em um ataque de outro grupo antiisraelense, a guerrilha libanesa Hizbollah (Partido de Deus), no sul do Líbano. O ataque ocorreu próximo ao povoado de Blat, na região do sul libanês que é ocupada por Israel. O país considera a região sua "zona de segurança" por temer ataques do Hizbollah contra seu território. Um soldado morreu, e outro ficou ferido no ataque. Pouco tempo depois, dois helicópteros israelenses dispararam contra a região. Os guerrilheiros do Hizbollah responderam com projéteis lançados desde suas bases terrestres. Um porta-voz da guerrilha libanesa, que supostamente é financiada pelo Irã, disse que os xiitas também dispararam morteiros contra quatro posições do Exército de Israel e de sua milícia auxiliar, o Exército do Sul do Líbano, provocando "vários mortos". Texto Anterior: Palestino faz greve, mas retoma diálogo Próximo Texto: Escândalo derruba assessor de Clinton Índice |
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