São Paulo, sábado, 31 de agosto de 1996![]() |
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Polícia de Osasco indicia mais 5 pessoas
CRISPIM ALVES
A explosão, no dia 11 de junho, causou a morte de 42 pessoas e deixou outras 472 feridas. Ela foi provocada, segundo laudo do IC (Instituto de Criminalística), por um vazamento de gás de cozinha nas tubulações que ficavam confinadas em um vão entre o piso do shopping e o solo. Ontem, foram indiciados os engenheiros Rubens Luciano Molinari, Flávio de Camargo e Edson Poppe, da construtora Wysling Gomes, que fez as tubulações. O mesmo aconteceu com David Rocha, superintendente do shopping, e Marcelo Zanotto, diretor da B7 Participações, dona do empreendimento. Na última quarta, foram indiciados os engenheiros Antônio das Graças Fernandes, gerente de operações do shopping, e Manoel Teixeira Júnior, da empresa BRR, que gerenciou as obras de construção. "Os indiciamentos foram injustos e vamos aguardar o Ministério Público se manifestar. Cabe a ele demonstrar e comprovar a culpabilidade da empresa", afirmou Cid Vieira de Souza, advogado da Wysling Gomes. Falhas Teixeira Júnior, da BRR, foi indiciado, segundo o delegado, porque era o responsável direto pelo acompanhamento da obra. A advogada Mary Livingston disse que seu cliente não fazia fiscalização técnica e não é especialista em gás. Os indiciamentos de Fernandes, Zanotto e Rocha são baseados, segundo a polícia, na falta de providências com relação às denúncias de cheiro de gás feitas por lojistas. "Não tenho muito o que dizer. Vamos aguardar apenas a Justiça ser justa", declarou Rocha. Ricardo Camargo Lima, um dos advogados do shopping, contestou os indiciamentos afirmando que o laudo do Instituto de Criminalística deixa claro que uma ação preventiva seria impossível, porque a tubulação ficava em local confinado e inacessível. O delegado Nogueira irá fazer agora um relatório para ser anexado ao inquérito, que deve ser remetido ao Ministério Público na próxima semana. Funcionários A associação dos funcionários do Osasco Plaza está coletando assinaturas para um abaixo-assinado em que reivindica agilidade na reabertura do estabelecimento. O shopping empregava 1.500 pessoas. Faixas pedindo a reabertura foram colocadas em diversos pontos da cidade. O shopping informou que aguarda apenas a liberação da prefeitura para iniciar as obras de reconstrução. A reabertura do estabelecimento está prevista para o início de novembro. Texto Anterior: Heliópolis e Itaquera têm diferenças, para peritos Próximo Texto: 'Indiciamento é equivocado' Índice |
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