São Paulo, sábado, 31 de agosto de 1996 |
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Ilustrador foi herói dos 60
MARCELO REZENDE
Assim como Rockwell, que moldou as imagens da inocência da América, Crumb usou um estilo realista para registrar o banal. Mas, onde antes havia candura, ele apresentou deformidades, taras e neuroses. Nascido na Filadélfia há 52 anos, Crumb se tornou um dos vários e involuntários profetas do movimento hippie. Uma consequência direta das ações de seus mais famosos personagens: Mr. Natural (criado em 1965) e Fritz the Cat (1964), que foram entendidos como perversos "críticos da sociedade". Mas a crítica de Crumb não poupava nem mesmo seus ideólogos. Em seu traço a contracultura sempre foi tão ridícula quanto a ação de um político conservador. Hoje, Crumb investe seu tempo em adaptações de obras literárias (realizou para a revista "Esquire" "Metamorfose", de Kafka) ou encomendas especiais, como "Músicos de Rua", que está no último número da revista "The New Yorker". (MR) Texto Anterior: Documentário vira artista do avesso Próximo Texto: Carlos Freire mostra 'Carnaval de Veneza' Índice |
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