São Paulo, sábado, 31 de agosto de 1996
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Ilustrador foi herói dos 60

MARCELO REZENDE
DA REPORTAGEM LOCAL

O ilustrador e desenhista Robert Crumb foi o Norman Rockwell da geração que se voltou para o LSD.
Assim como Rockwell, que moldou as imagens da inocência da América, Crumb usou um estilo realista para registrar o banal.
Mas, onde antes havia candura, ele apresentou deformidades, taras e neuroses.
Nascido na Filadélfia há 52 anos, Crumb se tornou um dos vários e involuntários profetas do movimento hippie.
Uma consequência direta das ações de seus mais famosos personagens: Mr. Natural (criado em 1965) e Fritz the Cat (1964), que foram entendidos como perversos "críticos da sociedade".
Mas a crítica de Crumb não poupava nem mesmo seus ideólogos. Em seu traço a contracultura sempre foi tão ridícula quanto a ação de um político conservador.
Hoje, Crumb investe seu tempo em adaptações de obras literárias (realizou para a revista "Esquire" "Metamorfose", de Kafka) ou encomendas especiais, como "Músicos de Rua", que está no último número da revista "The New Yorker".
(MR)

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