São Paulo, domingo, 1 de setembro de 1996 |
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Família criou movimento
DA REDAÇÃO O movimento Reage São Paulo surgiu após uma série de mortes de jovens no início do mês de agosto -principalmente da estudante Adriana Ciola, 22, do dentista José Renato Tahan, 25, e do estudante Rodrigo Iandoli, 21.Adriana e José Renato foram assassinados na madrugada de 10 de agosto, durante um assalto à choperia Bodega, em Moema (zona sul). Rodrigo foi morto por ladrões na zona sul, no Dia dos Pais, quando deixava a namorada em casa. Os parentes das vítimas -principalmente de Adriana Ciola- começaram a articular o movimento, que foi lançado oficialmente na missa de sétimo dia da estudante. Cerca de 700 pessoas, vestidas de branco, foram à igreja do Perpétuo Socorro, nos Jardins. Entidades como a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) mostraram seu apoio ao movimento estendendo faixas brancas em suas sedes. Outras organizações, como a Força Sindical, distribuíram fitinhas brancas para serem colocadas em carros ou usadas na roupa. No último domingo, uma caminhada antiviolência no parque Ibirapuera reuniu 3.000 pessoas. O movimento fez com que o governador Mário Covas se reunisse na semana passada com a cúpula da segurança para tentar discutir o problema. Covas sustentou que o crime não aumentou no Estado. Na Internet, várias home pages funcionam com uma faixa branca. No endereço www.wm.com.br/emessa há fitas brancas "eletrônicas" e um fórum de debate sobre o movimento. Texto Anterior: Medo é maior onde a violência é menor Próximo Texto: Desemprego é o problema na zona leste Índice |
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