São Paulo, domingo, 1 de setembro de 1996
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Obesidade é tendência em finanças

LUCIANA BENATTI

da Reportagem Local
Além das preocupações inerentes a sua atividade profissional, os executivos do mercado financeiro agora têm um outro motivo para inquietação: a obesidade.
Levantamento feito entre os clientes da clínica Personna (SP) revelou que dos 1.170 pacientes do sexo masculino que procuraram tratamento para emagrecer, nos últimos dois anos, 936 eram executivos do mercado financeiro.
Ansiedade, alimentação irregular e falta de atividade física são, segundo o endocrinologista Laércio Gomes Gonçalves, diretor da clínica, as explicações para a obesidade entre esses profissionais.
Para David Fernandez, 28, diretor de uma corretora de valores, "o mercado financeiro é cruel". Ele diz que o principal problema de quem trabalha na área é a ansiedade. "Desconto toda a ansiedade na cerveja e na comida", diz.
Fernandez, que tem 1,90 m de altura, pesa 95 quilos, joga tênis duas vezes por semana e faz aulas com um treinador pessoal, acha que a falta de atividade física não é um problema. "Tempo para exercícios você arruma. Difícil é eliminar o estresse e a ansiedade."
Para o endocrinologista, a maior preocupação de seus clientes é a saúde. "Eles têm medo do infarto." De acordo com ele, a preocupação estética também está presente, mas em menor intensidade.
"Eu me sentia um pouco gordo", diz Cláudio Réa, 47, que trabalhou por 14 anos em um banco e hoje presta assessoria financeira a pequenas empresas. Com 1,82 m de altura, ele passou de 107 quilos para 104 quilos em dois meses.
(LB)

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