São Paulo, quarta-feira, 4 de setembro de 1996
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Justiça de AL recebe inquérito da morte

'Ninguém vai acreditar na versão oficial'

ARI CIPOLA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MACEIÓ

O delegado Cícero Torres afirmou ontem, ao entregar ontem à Justiça alagoana o inquérito que investigou as mortes de Paulo César Farias e de sua namorada Suzana Marcolino, saber que "ninguém vai acreditar na versão oficial devido ao fato de PC ser uma pessoa controvertida".
O inquérito afirma que Suzana matou PC e depois se suicidou, entre às 5h02 e 7h do dia 23 de junho, na casa da praia de Guaxuma.
Torres dedica um capítulo de seu relatório de 30 páginas para explicar ao juiz da 8ª Vara Criminal de Maceió, Fernando Tourinho de Omena Souza, os motivos que levaram o caso a ser tão rumoroso.
O delegado explica ter declarado no primeiro dia das investigações que o crime havia sido passional, baseado na "experiência de 15 anos de policial". Segundo ele, sua declaração "abriu espaço para especulações devido à personalidade polêmica da vítima". Em nenhum momento Torres cita o caso no relatório como tendo sido crime passional. Diz apenas que foi um homicídio seguido de suicídio.

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