São Paulo, quarta-feira, 4 de setembro de 1996 |
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Gil de Ferran assina com a Walker para a temporada 97
MAURO TAGLIAFERRI
O brasileiro, de 28 anos, deixará a equipe Hall, pela qual estreou na categoria no ano passado e conclui sua segunda temporada no domingo, em Monterey (EUA). O engenheiro Jim Hall, dono da escuderia, abandonará o automobilismo, extinguindo o time. Mesmo que continuasse, seria difícil segurar o brasileiro, que se tornou um dos pilotos mais bem cotados da Indy. Ferran não confirmou o fechamento do negócio. "Se tudo correr bem, a gente deve anunciar algo neste final de semana", disse ele ontem, por telefone. A Folha apurou, no entanto, que o brasileiro admitiu a pessoas próximas, no último fim-de-semana, que o contrato com a Walker estava assinado. Na verdade, o piloto queria ter resolvido seu futuro até meados de agosto, mas algumas propostas de equipes e patrocinadores o fizeram adiar a decisão. Entre as ofertas, existiria uma da Brahma, negócio que ainda possui chances de ser concretizado. Mesmo que não conte com o apoio da cervejaria, Ferran vai para um time com orçamento de, no mínimo, US$ 11 milhões, quantia total empregada pelos três principais patrocinadores (Valvoline, Cummins e Durablend). Ferran conta ainda com o patrocínio da Philip Morris. O salário anual do brasileiro deve oscilar em torno de US$ 1,5 milhão, o mesmo que o norte-americano Robby Gordon, que pilotará na Nascar, o stock car dos EUA, em 97, percebeu este ano. Quanto ao pacote técnico, o piloto leva consigo o motor Honda. O brasileiro desenvolveu bom relacionamento com a fabricante japonesa, que quer acompanhá-lo. Isso, impossibilita, em tese, à Walker possuir um segundo carro, já que a Honda fornece número limitado de motores. O piloto deve continuar utilizando chassis da Reynard e pneus da Goodyear. Como reforço, Ferran levará o engenheiro responsável por seu carro na Hall, Bill Pappas, para a nova equipe. Texto Anterior: Clubes usam 'gigantes' para evoluir Próximo Texto: Brasil e Argentina têm pacto por 2004 Índice |
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