São Paulo, quinta-feira, 5 de setembro de 1996
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MST faz caminhada para Aparecida

DA REPORTAGEM LOCAL; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois de ocupar o Ministério da Fazenda em São Paulo, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) iniciou ontem caminhada rumo a Aparecida (170 km da capital) para protestar contra a política agrária do governo.
Entre outras reivindicações, o grupo pretende conseguir R$ 31 milhões para investimentos em sementes e equipamentos, além do assentamento definitivo das 4.200 famílias acampadas no Estado.
"Não voltaremos de lá sem decisões concretas", declarou Diolinda Alves de Souza, coordenadora estadual do MST. Valmir Rodrigues Chaves, da direção do MST, não descartou "outras ocupações de órgãos do governo".
A chegada do grupo à basílica de Aparecida está prevista para sábado, Dia da Independência. O MST pretende reunir cerca de 60 mil pessoas no local, entre trabalhadores sem terra e romeiros.
Sem intermediário
Sem acesso ao ministro Raul Jungmann (Política Fundiária), a coordenação nacional do MST tentará negociar direto com FHC.
José Rainha Júnior, um dos líderes do MST, deixou claro que sua intenção é "ignorar" Jungmann. "Se podemos falar com Deus, não vamos falar com anjo", disse.
A estratégia do MST de abrir negociações também envolve outros Poderes. Ontem, líderes do MST conversaram com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Sepúlveda Pertence.

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