São Paulo, sexta-feira, 6 de setembro de 1996 |
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Homossexualismo é tema de Honório
PAULO GIACOMINI
O livro é o segundo lançamento da editora, especializada em literatura gay. O primeiro, "O Amor com Olhos de Adeus - Primeira Antologia do Conto Gay Brasileiro", lançado em maio do ano passado, reuniu 19 autores brasileiros. A Transviatta prepara para novembro a segunda antologia. Para Honório, "a história é uma eterna busca do entendimento da relação entre dois homens". Por isso, o narrador-personagem não diz seu nome, "ele pode ser qualquer pessoa que ama alucinadamente". O romance é, segundo o autor, uma oferenda a Deus. "É a sacralização do amor, que se torna impossível porque se busca muito e é destruído com um telefonema ou com o surgimento de uma nova relação." O narrador recorda o relacionamento amoroso. Jonas chega embriagado em casa. O narrador tentou o suicídio tomando comprimidos. Jonas leva-o a um hospital. O relacionamento acaba, o amor não. O livro é construído com diálogos imaginários, não tem tempo definido. O mais importante, segundo Honório, é o que ele está sentindo; como vê um objeto e como sente uma situação. Para o autor, a narrativa é difícil para o leitor acostumado com narrativas em que há começo, meio e fim. Escrito em linguagem poética e tendo como referência Clarice Lispector, é classificado por Honório como "literatura sensorial, sem a formalidade da construção semântica". "O Mar É Tarde Demais" é o primeiro romance de Honório, que tem outros dois livros de contos e um de poemas publicados. Custa R$ 20. Texto Anterior: Novo John Grisham é só novelão de tribunal Próximo Texto: Hollywood senta no divã do psiquiatra Índice |
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