São Paulo, domingo, 8 de setembro de 1996
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Comunista era insone

JAIME SPITZCOVSKY
DE PEQUIM

Um amante da carne de porco, poeta, insone que precisava recorrer a pílulas para dormir, filho de proprietário de terras e revolucionário que, fora da China, viajou apenas à União Soviética.
Mao Tse-tung carregava ainda como marca registrada o forte sotaque da Província de Hunan (centro-sul), onde nasceu em 1893.
Mao teve uma infância marcada pelo relacionamento difícil com o pai, um camponês autoritário e de origem humilde que teve sucesso com o comércio de grãos.
O futuro revolucionário deixou sua cidade natal, a pequena Shaoshan, em 1909, em busca de uma melhor educação.
Trabalhando na biblioteca da Universidade de Pequim, Mao pôde se aprofundar na leitura de clássicos marxistas. Militou no movimento estudantil e representou a Província de Hunan na fundação do Partido Comunista, em 1921.
Seis anos depois, Mao escrevia sobre a importância dos camponeses na revolução comunista e tirava, no seu cardápio teórico, a primazia dos proletários como "motor de mudanças sociais".
Mao comandou tropas que enfrentaram a invasão japonesa iniciada nos anos 30. A resistência ao invasor obrigou comunistas e nacionalistas a montarem uma aliança temporária, congelando a guerra civil chinesa.
Terminado o conflito com o Japão, a guerra civil chinesa se intensificou. Os comunistas derrotaram as forças nacionalistas de Chiang Kaishek em 1949.
No dia 1º de outubro daquele ano, Mao anunciou a criação da República Popular da China.
(JS)

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