São Paulo, segunda-feira, 9 de setembro de 1996
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Schumacher e Ferrari dão show para 150 mil 'tifosi' em Monza

JHM
DA REPORTAGEM LOCAL

Michael Schumacher e a Ferrari levaram 150 mil torcedores ao delírio, ontem, ao conquistarem a vitória no GP da Itália.
Desde 1988, ano da morte do comendador Enzo Ferrari, que a escuderia não via um de seus carros vencer em solo italiano.
Foi a terceira vitória do conjunto na temporada, a segunda consecutiva. Um grande momento para a equipe, que afastou a crise interna e começa a ver crescer suas chances para a temporada de 1997.
Já a luta pelo título deste ano foi ofuscada, mas não apenas pela festa dos "tifosi", os fanáticos torcedores italianos.
Também pelo péssimo desempenho de Damon Hill e Jacques Villeneuve. O inglês abandonou a corrida na sexta volta, quando liderava. O canadense se arrastou para terminar em sétimo.
A disputa doméstica da Williams foi adiada, e o favoritismo de Hill aumentou ainda mais. A diferença continua sendo de 13 pontos, com apenas dois GPs faltando.
A largada foi muito disputada, uma das melhores do ano. Hill, a partir da pole, liderou o pelotão até a primeira chicane. Villeneuve tentou passar por dentro, mas o companheiro o espremeu.
Na brincadeira, Jean Alesi, que largara muito bem a partir do sexto posto, passou os dois por dentro. Na chicane, Villeneuve não encontrou espaço e teve que cortar pela grama.
Hill, logo depois, assumiria a ponta, mas acabaria desperdiçando a corrida ao acertar uma ridícula barreira de pneus instalada na chicane pelos organizadores.
Com o carro avariado pelo passeio fora da pista na primeira volta, Villeneuve foi perdendo posições para, finalmente, antecipar sua primeira parada, no 11º giro.
Líder, Alesi reteve Schumacher até fazer seu único pit-stop, na volta 30, e, quando o alemão o repetiu duas voltas mais tarde, não conseguiu recuperar a ponta.
Tal disputa, porém, foi apenas um dos dramas da corrida, que teve ainda um notável desempenho de Mika Hakkinen.
No começo da prova, Hakkinen também foi vítima da barreira de pneus e foi obrigado a parar nos boxes. Voltou entre os últimos, para chegar em terceiro.
Martin Brundle foi o quarto, acossado pelo companheiro Rubens Barrichello, que correu sem embreagem praticamente toda a corrida.
Para completar, Pedro Paulo Diniz chegou em sexto, após largar em 14º, em um dos melhores desempenhos de sua carreira.

Com agências internacionais

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