São Paulo, quarta-feira, 11 de setembro de 1996
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Cliente critica tarifa e quer bancos abertos por mais tempo

Febraban diz que ampliação criaria mais custos

JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os clientes querem a ampliação do horário de atendimento bancário e se mostram insatisfeitos com as tarifas cobradas. É o que aponta pesquisa Datafolha, realizada nos dias 1º e 5 de julho.
Entre as pessoas físicas, 61% declararam que o melhor horário de atendimento seria das 9h até as 17h. Esse percentual entre os empresários é um pouco menor: 57%.
A pesquisa, patrocinada pela Executiva Nacional dos Bancários, mostra que os empresários estão mais descontentes com as tarifas cobradas do que as pessoas físicas.
59% deles se declararam insatisfeitos com os preços e 27%, pouco satisfeitos. Apenas 1% disse estar muito satisfeito.
Entre as pessoas físicas, 48% se disseram insatisfeitas; 17%, pouco satisfeitas; e 2%, muito satisfeitas.
A ampliação do horário, diz o diretor de Serviços Bancários da Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos), Jorge Higashino, aumentaria os custos.
"A clientela está disposta a pagar por isto? Não é grátis. Custa dinheiro", afirma.
Para Higashino, é natural que se deseje o maior horário possível de atendimento. "Eu mesmo gostaria que todas as farmácias e supermercados ficassem abertos 24h e todos os dias."
Mas a pergunta relevante é, diz, em qual horário os clientes usariam os serviços.
Pesquisa realizada pela Febraban mostra que cerca de 60% do movimento de uma agência está concentrado, em média, na primeira e última horas de atendimento. "Esses são os horários de 'pico'. No resto do tempo, o movimento é mais tranquilo."

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