São Paulo, sexta-feira, 13 de setembro de 1996 |
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Balança tem déficit de US$ 291 milhões Acumulado no ano é de US$ 937 mi DA SUCURSAL DE BRASÍLIA As importações superaram as exportações em US$ 291 milhões em agosto, segundo dados da balança comercial divulgados ontem pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo.Esse é o terceiro mês consecutivo de vermelho na balança comercial. De janeiro a agosto, o déficit acumulado é de US$ 937 milhões. Em agosto, as exportações totalizaram US$ 4,381 bilhões e as importações, US$ 4,672 bilhões. "As exportações subiram em agosto, mas as importações cresceram ainda mais", afirmou o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, José Roberto Mendonça de Barros. A média diária de importações foi 15,5% maior que o resultado verificado em agosto do ano passado, enquanto a das exportações cresceu 0,4% no mesmo período. O item automóveis foi o que mais cresceu na pauta de importações. A média diária aumentou 84,2% em relação a agosto de 1995. "A importação de automóveis cresceu, mas não preocupa. No segundo semestre de 1995 havia uma franca retração nesse mercado", disse Mendonça de Barros, argumentando que a tarifa de importação era de 70% naquela época e que havia altos estoques. O secretário reconheceu, entretanto, que as exportações precisam crescer mais rápido. "As medidas vêm sendo tomadas, como o fim do ICMS nas exportações. Mas existe uma defasagem entre a adoção da medida e seus efeitos." Segundo o secretário de Comércio Exterior, Maurício Cortes, o projeto que desonera as exportações do ICMS deve ter efeito imediato em produtos como açúcar, café, carne e suco de laranja. "Mas a maior parte dos efeitos só deve ser sentida a médio prazo, pois a safra agrícola está acabando. Temos que esperar o novo plantio", disse Mendonça de Barros. Cortes apontou que, no ano passado, o déficit da balança comercial de janeiro a agosto acumulava US$ 3,89 bilhões. "O progresso é evidente, pois em 95 tínhamos as importações fora do controle." Mendonça de Barros não quis comentar projeções para 96. Mas procurou minimizar a importância do resultado do ano. "Os mercados não estão preocupados com o ano civil. O importante é como fica a coisa daqui para a frente", afirmou. Ele disse que neste ano a qualidade das exportações melhorou devido à alta na importação de produtos ligados à produção, como matérias-primas e maquinário. Texto Anterior: AL volta a crescer, mas pouco, diz Cepal Próximo Texto: OMC se opõe a restrições comerciais Índice |
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