São Paulo, sexta-feira, 13 de setembro de 1996 |
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"'Professor é doce", diz Eddie Murphy
IGOR GIELOW
"Nós temos linhas de trabalho diferentes, mas com certeza o legado de Jerry é o maior que um comediante poderia dar", disse. Lewis, o professor da versão de 1963, é o produtor-executivo do novo filme. "Ele adorou as mudanças que nós fizemos", afirmou Murphy, 35 anos, dois filhos. Alimentado por boas críticas nos EUA e Europa, as primeiras em cerca de dez anos, Murphy diz estar em seu melhor momento. Na quinta-feira da semana passada, ele concedeu entrevista à Folha. Leia trechos a seguir: * Folha - Como foi retrabalhar um clássico da comédia? Eddie Murphy - A idéia é a mesma, o conflito de duas personalidades na mesma pessoa. Mas Sherman (o professor interpretado por Murphy) difere do professor de Jerry Lewis. Além das piadas, quisemos contar uma história sobre tolerância consigo mesmo. Folha - A maquiagem e os efeitos especiais não tiram a naturalidade na hora de atuar? Murphy - Olha, temos um débito enorme à equipe técnica. Eles são brilhantes. Folha - Mas o sr. engordaria de verdade se um papel exigisse? Murphy - Não. Depois do que vi o pessoal fazendo comigo, colocando toda aquela borracha no meu corpo, acho desnecessário. Folha - Foi difícil interpretar a família do professor? O sr. estudou algum outro filme para construir os vários personagens? Murphy - A família é só uma piada a mais no filme, que é centrado no professor. Na verdade, não precisei estudar nada. O professor é o personagem mais humano que já fiz. Ele é doce, não é apenas o malandro bem-falante que ganha as mulheres como sempre interpretei em outros filmes. Folha - Mas o Buddy Love é exatamente isso... Murphy - É verdade, mas ele perde no final para o gordo. Texto Anterior: O gênio retorna em "Além das Nuvens" Próximo Texto: Gordura vira fraco fio condutor Índice |
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