São Paulo, sábado, 14 de setembro de 1996
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Hospital amplia assistência a casais

AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Hospital Brigadeiro, de São Paulo, quer triplicar seus serviços de reprodução humana ao longo dos próximos meses. A equipe, que hoje acompanha 150 casais por ano, quer atender a mais de 400. O serviço é gratuito.
A ampliação será anunciada hoje durante a Jornada de Reprodução Humana que o hospital realiza pelo terceiro ano consecutivo.
O serviço de reprodução humana é destinado a casais que não conseguem ter uma gestação após um ano de tentativas sem o uso de métodos anticoncepcionais. A tendência é imaginar -erroneamente- que casais que procuram a rede pública de saúde tenham problemas de contracepção (queiram parar de ter filhos) e não de infertilidade -incapacidade temporária ou não de ter filhos.
Paulo Eduardo Olmos, chefe do Serviço de Reprodução Humana do Brigadeiro, observa que a infertilidade atinge 10% a 15% de todos os casais, independentemente de classes sociais.
O que fazer
Segundo Eduardo Olmos, o casal deve procurar ajuda médica assim que constatar a infertilidade. O problema pode estar tanto no homem como na mulher, ou mesmo nos dois.
A partir de uma primeira visita, a mulher será orientada a fazer uma série de exames para avaliar a ovulação e o estado do útero e das trompas. Ao homem será pedido um espermograma, exame que medirá sua produção de esperma.
"Esses exames permitem o diagnóstico de 80% dos casos", afirma o médico. Os outros 20% passarão por exames complementares.
Entre os procedimentos oferecidos pelo serviço está a inseminação artificial -o esperma, retirado do marido e preparado em laboratório, é introduzido no interior do útero da mulher. Um quarto dos casos é resolvido com três tentativas.
A técnica da fertilização in vitro -ou o bebê de laboratório- será aplicada em um primeiro grupo de casais do Brigadeiro nas próximas semanas. Por esse método, o esperma do marido e o óvulo da mulher são colocados juntos em um meio de cultura que facilita a fecundação.
Uma vez fecundado, o embrião é transferido para dentro do útero.
Olmos observa que a inseminação artificial não é possível quando a trompa está obstruída. Nesse caso, faz-se cirurgia ou tenta-se a fertilização in vitro.

Consultas podem ser marcadas no Serviço de Reprodução Humana do Hospital Brigadeiro, av. Brigadeiro Luiz Antônio, 2.651, de 2ª a 6ª feira, entre as 9h e as 17h. O telefone para informações é 820-2320.

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