São Paulo, sábado, 14 de setembro de 1996 |
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Italiano recomdenda colaboradores
DA REPORTAGEM LOCAL O procurador Armando Spataro, da Direção Distrital Anti-Máfia de Milão (Itália), recomenda, como medida de combate ao crime organizado, a exemplo do que foi feito em seu país, a criação de uma "rede de colaboradores".Trata-se de incentivar "informantes arrependidos" a contarem como funcionam as organizações criminais para as quais trabalhavam e quem eram seus chefes. "A máfia italiana começou a ser desestruturada graças à colaboração dessas pessoas. Hoje contamos com 1.200 colaboradores, que recebem a proteção do Estado e algumas vantagens processuais, como redução de penas", afirmou o procurador, que participou do simpósio sobre drogas. Os familiares dessas 1.200 pessoas, que somam cerca de 6.000 italianos também recebem proteção do Estado. Para o uruguaio Raul Cervini, professor de direito penal e vice-presidente do Conselho Consultivo do Centro Internacional de Estudos sobre Economia Penal, países onde a economia informal e a de serviços é "fortemente estruturada", como é o caso do Brasil, há mais facilidade para a lavagem do dinheiro proveniente do narcotráfico. O presidente do Instituto Latino-Americano contra a Corrupção, o equatoriano Juan Carlos Faidutti, acha que "o advento das drogas sintéticas vai gerar uma modificação na rede internacional do narcotráfico, ameaçando os cartéis da coca da América do Sul". Texto Anterior: Mulher morre após fazer lipoaspiração Próximo Texto: DNA ajuda em investigação de estupro Índice |
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