São Paulo, sábado, 14 de setembro de 1996 |
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DNA ajuda em investigação de estupro Técnica é adotada em universidade MARCELO GODOY
Atualmente, o centro consegue ter uma certeza estatística de até um para dez milhões (só existiriam duas pessoas com um mesmo trecho de DNA em um grupo aleatório de dez milhões). Com a nova técnica, chamada STR, esse número passaria para até um em cada um bilhão de pessoas -a média é de um para cada 60 milhões. "Se o suspeito for identificado, seria preciso examinar, no mínimo, toda população adulta do país e, no máximo, toda a população do mundo para encontrar outras três pessoas com o mesmo DNA", disse o diretor do centro, o professor Wilmes Roberto Teixeira, 67. A técnica está sendo implantada com a ajuda da professora Judy Floyd, supervisora do laboratório forense Gene Screen, de Dallas (Texas, sul dos EUA). Ela está coordenando a criação de um banco com os dados genéticos de criminosos do Colorado (Estado do oeste norte-americano). O programa já cadastrou o código genético de 2.500 presos, a maioria estupradores e homicidas. Primeiro caso O primeiro caso em que a nova técnica está sendo usada no centro é na apuração da morte de uma menina de 14 anos que foi estuprada em Americanópolis (zona sul de São Paulo). Dois espermas diferentes foram encontrados na vagina da adolescente, e a polícia tem dois suspeitos para o caso. O material genético dos dois está sendo comparado com os dos semens apreendidos. "Ainda não conseguimos uma boa definição do DNA encontrado na menina", disse Teixeira. O resultado do exame deverá sair na próxima semana. Cada novo teste custa cerca de R$ 5.000. O centro faz esse e outros exames de DNA gratuitamente para a polícia. "Em vários casos, nós combinamos técnicas distintas", afirmou Teixeira. Segundo Judy, essa é a primeira vez na América Latina que o método STR é usado para investigar crimes sexuais. Texto Anterior: Italiano recomdenda colaboradores Próximo Texto: PF 'importa' agentes para combater tráfico Índice |
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