São Paulo, sábado, 14 de setembro de 1996
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Código de ética; Campanhas políticas; Dia da Imprensa; Descoberta; Cinema brasileiro; Mediocridade

Código de ética
"O título da Folha, na edição de 12/9, para as minhas declarações -'Boni diz que Código de Ética é pura bobagem'- nada tem a ver com a entrevista. 'Pura bobagem' era a sugestão de Carlos Manga para a criação de um 'código de ética entre a Rede Globo e o SBT contra o mundo cão'.
Como a Globo não faz mundo cão, esse pacto não teria sentido. Quanto à reformulação do Código de Ética da Abert para atualizá-lo, sou rigorosamente favorável. Releiam com atenção a pergunta da Folha, com a expressão 'código de ética', que não usei.
O equívoco da Folha foi certamente causado pela pressa no fechamento da edição. Considero necessário, porém, esclarecer os leitores sobre a confusão."
José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, vice-presidente de Operações da Rede Globo (Rio de Janeiro, RJ)

Campanhas políticas
"Acho necessário fazer algumas retificações e observações à reportagem 'Guru de Maluf perdeu 10 das 18 eleições que coordenou desde 82' (9/9).
Sou apenas consultor de marketing político do prefeito Paulo Maluf, e não seu guru. Depois, não perdi 10 de supostas '18 campanhas' que teria coordenado 'desde 82'. Na verdade, ganhei 16 das 24 campanhas majoritárias de que participei nos últimos 14 anos.
Isso considerando apenas as campanhas de médio e grande porte, deixando de lado tanto campanhas menores como as de candidatos a cargos proporcionais, que ampliam, consideravelmente, o saldo positivo.
Ao fazer essa retificação não estou querendo passar a idéia de estrategista imbatível, mesmo porque, como frisei na reportagem, o marketing não faz mágica nem consegue eleger um candidato que o povo não quer.
E no meu ponto de vista, por incrível que pareça, considero bastante relativos os conceitos de 'vitória' e 'derrota'. Chego a considerar algumas das minhas campanhas 'perdedoras' como melhores -seja do ponto de vista estratégico ou estético- do que muitas nas quais saí vencedor.
Para ficar em apenas dois exemplos, cito as campanhas de Paulo Maluf para o governo de São Paulo, em 1990, e a de José Manuel De La Sota para o governo de Córdoba (Argentina), em 1991. No primeiro caso, conseguimos fortalecer a imagem de Maluf, que foi fundamental para sua eleição a prefeito nas eleições seguintes.
No outro, não apenas conseguimos levar um candidato considerado de poucas chances a um desempenho surpreendente nas eleições como, na sua esteira, eleger a maior bancada de deputados justicialistas da história de Córdoba."
Duda Mendonça, publicitário (São Paulo, SP)

Nota da Redação - Leia seção "Erramos" abaixo.

Dia da Imprensa
"Nossos sinceros cumprimentos pelo transcurso do Dia da Imprensa."
Antonio José Dall'Anese, prefeito de São Caetano do Sul (São Caetano do Sul, SP)

"Alforria a toda forma de expressão. Que a palavra nos liberte definitivamente de tanta violência.
Viva a liberdade de imprensa."
Bismael B. Moraes, presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Descoberta
"A primeira-dama afirma, irritada, que 'no Brasil há mudança do emprego, não necessariamente o aumento do desemprego'.
Pois é, só agora descobri que os 1,5 milhão de desempregados da Grande São Paulo deixaram seus empregos por vontade própria e estão hoje recebendo gordos salários de fontes alternativas que as estatísticas não mostram.
Eles são uns felizardos!"
Daniel Rocha (Guarulhos, SP)

Cinema brasileiro
"O artigo de Marilene Felinto 'A impostura do cinema brasileiro' (8/9) é, ele sim, uma impostura. Marilene Felinto não está interessada em criticar cinema. Não distingue bons filmes brasileiros de maus filmes brasileiros. Basta que eles se prestem à sua má-criação preconceituosa, coisa de escravo humilde que não tolera o atrevimento do colega de botar o pé na casa-grande.
Seu artigo pode ter sido mesmo um desabafo. Haverá quem o acompanhe na rejeição em bloco ao cinema nacional. Mas, por favor, que ninguém tome isso como crítica de cinema."
Carlos Alberto de Mattos, presidente da Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ)
*
"Parabéns a Marilene Felinto pelo inteligente e certeiro 'exocet' disparado em artigo do dia 8/9 sob o título 'A impostura do cinema brasileiro'.
Tomara o 'petardo' sirva para despertar o diálogo e a polêmica, tão em falta nos cadernos de cultura dos nossos jornais.
Muito oportuna, também, a entrevista feita pelo ombudsman Marcelo Leite com o editor da Ilustrada, Sérgio Dávila."
Mauricio Machado (São Paulo, SP)

Mediocridade
"No dia 5/9 a Folha se comportou como a medíocre imprensa baiana, pois exibiu uma minúscula nota na coluna 'Painel' sobre o prêmio da Unesco concedido à prefeita Lídice da Mata pelo excelente trabalho conhecido como cidade-mãe, que valeu até visita da sra. Clinton, ao mesmo tempo em que publicou em grande espaço, com direito a chamada de capa, a festa de aniversário do sr. ACM."
Sergio Mauricio Costa da Silva Pinto (Salvador, BA)

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