São Paulo, terça-feira, 17 de setembro de 1996 |
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Empresa vai fazer a segurança no Pontal
LUIZ MALAVOLTA
A criação da empresa foi decidida em reunião, sábado, na fazenda Santa Rita, que levou ao relançamento da UDR no Pontal. Segundo ele, a empresa será registrada no Ministério da Justiça e seus seguranças terão treinamento de tiro e de defesa pessoal. O presidente da UDR, Roosevelt Roque dos Santos, negou que a entidade esteja formando uma guarda armada, mas disse que os fazendeiros estão decididos a contar com esse tipo de segurança. "Apoiamos a decisão. Será uma segurança armada nos moldes daquelas empresas que prestam serviços para bancos, shoppings e outros estabelecimentos urbanos. Tudo dentro da lei", disse Santos. Segundo Marcondes, sua empresa de segurança, terá, inicialmente, 200 homens armados e sua sede será em Mirante do Paranapanema (640 km a oeste de São Paulo). "Vamos cobrar pelos serviços e garantir a posse das fazendas contras as invasões a serem feitas pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra)", disse Marcondes. Guarita Ontem, funcionários da fazenda Santa Rita, cuja segurança é feita por homens de Marcondes, estava construindo uma guarita na entrada da fazenda. Segundo Marcondes, essa guarita será à prova de fogo e de tiros. O delegado-assistente da Delegacia Regional de Polícia de Presidente Prudente, Dirceu de Jesus Ordiali, afirmou que o anúncio da criação desse grupo armado é "uma péssima surpresa". O MST informou à Agência Folha que vai denunciar ao Ministério Público que os seguranças contratados por Marcondes são "pessoas com condenações na Justiça". O presidente do Sindicato Rural de Presidente Prudente (558 km a oeste de São Paulo), Sigeyuki Ishii, 57, disse que a "falta de autoridade" do governo do Estado é responsável pela situação no Pontal e pela volta da UDR. Texto Anterior: SP deve desarmar fazendeiros do Pontal Próximo Texto: Sem-terra serão despejados hoje Índice |
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