São Paulo, terça-feira, 17 de setembro de 1996
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Oposição argentina vai votar pacote

DANIEL BRAMATTI
DE BUENOS AIRES

Os líderes da oposição ao governo argentino decidiram dar quórum para a sessão de amanhã na Câmara dos Deputados, em que será votado o pacote fiscal do ministro Roque Fernández.
Empolgados com o sucesso do "apagón" (blecaute) de protesto contra a política econômica, realizado na última quinta-feira, os integrantes da UCR (União Cívica Radical) e Frepaso (Frente País Solidário) esperam que dissidências na base governista ajudem a derrubar o pacote.
As chances de vitória, porém, são remotas. O Partido Justicialista (governista) tem 129 integrantes, 35 a mais que a UCR e a Frepaso somadas.
Além disso, o governo está empenhado em evitar ausências de deputados da situação. Na semana passada, quando a oposição não compareceu à sessão, as medidas não puderam ser votadas por falta de quórum.
Os governadores também estão sendo pressionados. O chefe do gabinete ministerial, Jorge Rodríguez, disse que as Províncias que não apoiarem o aumento de impostos previsto no pacote "não receberão sua cota" da arrecadação suplementar.
O presidente Carlos Menem fez ameaças ao Congresso. Ele disse que governaria "por decreto" se os parlamentares se recusassem a votar o pacote fiscal e os projetos de flexibilização trabalhista.

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