São Paulo, terça-feira, 17 de setembro de 1996 |
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BB e Tesouro têm acordo sobre taxa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O Tesouro Nacional e o Banco do Brasil superaram o impasse que estava prejudicando a liberação do crédito rural.Portaria publicada ontem no "Diário Oficial da União" selou um acordo entre as duas instituições sobre o custo de repasse do dinheiro aos agricultores. Até então, o Tesouro Nacional vinha se recusando a aceitar o pagamento da taxa administrativa cobrada pelo BB para liberar o crédito agrícola. Para manter um contrato rural, por exemplo, o BB vinha cobrando até R$ 65,00. Como o Tesouro não aceitava pagar esse valor, o BB estava selecionando a concessão de financiamentos. Esse desentendimento vinha protelando a concessão de crédito para o plantio. Dos R$ 5,2 bilhões anunciados, até agora foram emprestados apenas R$ 450 milhões. Com o acordo, o Tesouro vai pagar ao BB uma taxa de administração mensal única de R$ 17,30 para cada contrato. O Tesouro também vai cobrir a diferença entre o custo de captação do dinheiro e a taxa de empréstimo. Juros Para a safra 96/97, o governo fixou em 9% e 12% as taxas de juros que os agricultores terão de pagar pelos empréstimos. O Banco do Brasil paga acima desse valor para captar o dinheiro que é emprestado. Os financiamentos com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), por exemplo, custam a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo, hoje na casa dos 15%) mais a correção monetária. Além de arcar com essa diferença, o Tesouro vai pagar uma taxa de 6,74% para cobrir os riscos do BB nos empréstimos. O limite de empréstimo foi fixado em R$ 150 mil para produtores de arroz, feijão, milho, mandioca e trigo, com o objetivo de incentivar o plantio desses produtos. Texto Anterior: Déficit em conta corrente até agosto atinge US$ 11 bi Próximo Texto: Berzoini convoca "cúpula" de trabalhadores em campanha Índice |
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