São Paulo, terça-feira, 17 de setembro de 1996 |
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Falhas permitiram bomba em Dhahran Atentado matou 19 americanos CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
O general da Força Aérea Teryl Schwalier, responsável pela segurança dos 2.000 militares norte-americanos sediados até junho na cidade saudita de Dhahran, onde ocorreu o atentado, poderá ser submetido a corte marcial. Todos os 2.000 soldados foram transferidos para uma base no deserto. A comissão, presidida pelo general do Exército Wayne Downing, disse que Schwalier não colocou a defesa contra o terrorismo entre suas prioridades, apesar das evidências de que as forças em Dhahran poderiam ser alvo de ataques de extremistas muçulmanos. O presidente Bill Clinton elogiou o relatório pela "franqueza" e disse que vai implementar todas as suas recomendações. Embora a comissão tenha criticado toda a estrutura de comando das Forças Armadas, não se espera que Clinton demita ou peça a demissão do secretário da Defesa, William Perry, ou do chefe do Estado-Maior, general John Shalikashvili,ue ontem reconheceu ter sido "pego de surpresa" pelo atentado de Dhahran. Segundo o relatório, cinco meses antes do ataque, Schwalier foi alertado de que as janelas dos apartamentos em que moravam os soldados dos EUA precisavam receber reforço de segurança para o caso de explosões. Das 19 vítimas, 12 morreram devido a ferimentos provocados por estilhaços de vidros das janelas. Em novembro do ano passado, um carro-bomba explodiu em Riad, capital da Arábia Saudita, e matou cinco militares norte-americanos. Em maio, quatro militantes muçulmanos foram executados por esse atentado, e seus aliados prometeram vingança. Em 1993, o então secretário da Defesa, Les Aspin, foi forçado por Clinton a pedir demissão devido à falta de proteção adequada a soldados em ação na Somália. (CELS) Texto Anterior: Ofensiva de Saddam encerra a guerra civil curda Próximo Texto: Começa nos EUA o 2º julgamento de Simpson Índice |
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