São Paulo, quinta-feira, 19 de setembro de 1996 |
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Homicídio cresce 5 vezes mais que população
ANDRÉ LOZANO
Os números são da Secretaria da Segurança Pública, mas foram apresentados em um relatório da CPI do crime organizado da Assembléia Legislativa. Foram 3.696 assassinatos em 1985 e 7.358, em 1995. Segundo o relator da CPI, deputado Elói Pietá (PT), entre os anos que registraram queda no número de assassinatos (1988, 1991 e 1992), dois deles (88 e 92) ocorreram em períodos eleitorais (leia quadro). Os dados são dos homicídios na Grande São Paulo. Causas "Em 88, o governo finalizava a implantação do programa de Radiopatrulhamento Padrão. Um pouco antes das eleições municipais de 92, houve a compra de carros de polícia e a construção de novos distritos policiais", afirmou Pietá. A comissão apontou a intensificação do policiamento (mais carros, mais delegacias, mais policiais), nos três anos destacados, como causa para a diminuição dos homicídios (em relação aos anos anteriores): menos 3% em 88, menos 1% em 91 e menos 12% em 92. Causas da violência O secretário da Segurança Pública, José Afonso da Silva, disse ontem que o aumento no número de homicídios divulgado pela CPI é de conhecimento da secretaria e que ele "confirma que o aumento da violência não é um dado recente, mas que vem ocorrendo há muito tempo". Chacinas O diretor do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), delegado Marco Antonio Desgualdo, disse ontem à CPI que 63% das chacinas ocorridas na capital no ano passado foram solucionadas e resultaram em prisões de acusados. A Grande São Paulo teve 36 chacinas neste ano. A última aconteceu no dia 26 de agosto. Seis pessoas foram mortas. O DHPP atribui ao tráfico de drogas, principalmente ao crack, a motivação de cerca de 40% dos casos. Desde o ano passado foram 32 chacinas em São Paulo. Texto Anterior: Investigador é morto durante roubo em ônibus na Rebouças Próximo Texto: Embu é campeã em assassinatos no Estado Índice |
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