São Paulo, segunda-feira, 23 de setembro de 1996
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Proposta inclui política industrial

CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

São as grandes corporações mundiais que decidem o que, como, quando, quanto e onde produzir os bens e serviços usados pela população. O faturamento dos cinco maiores grupos americanos (GM, Ford, Exxon, Wal-Mart e AT&T) já equivale ao PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.
Esses dados, citados pelo economista Gilberto Dupas, na reunião do PNBE, mostram como é difícil influenciar, mesmo que no mercado doméstico, o processo de globalização das economias.
O PNBE acabou sugerindo, nesse contexto, medidas como uma maior participação da sociedade civil (inclusive dos consumidores) na formulação da política de comércio exterior e a criação de um órgão interministerial que coordenasse todas as ações governamentais para promover o crescimento da economia.
Os empresários também gostariam que fosse adotada uma "política industrial adequada e transparente" -o que destoa das idéias de alguns dos principais economistas do governo, como o diretor do Banco Central Gustavo Franco, que, num recente documento sobre a economia brasileira, descartou totalmente a necessidade de uma política industrial.
(CGF)

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