São Paulo, quarta-feira, 25 de setembro de 1996
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Ferrovias têm preço fixado em R$ 174 mi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo fixou ontem as datas para os próximos leilões de trechos da rede ferroviária.
Segundo foi definido no CND (Conselho Nacional de Desestatização), os leilões das malhas ferroviárias Tereza Cristina (Santa Catarina) e Sul (Rio Grande do Sul, parte de Santa Catarina e Paraná) acontecerão, respectivamente, em 22 de novembro e 13 de dezembro.
O preço mínimo da malha Tereza Cristina foi fixado em R$ 16 milhões. O da Sul, em R$ 158 milhões.
A análise da malha Nordeste voltou à área técnica do Ministério dos Transportes para novo estudo. Pela avaliação mais recente, a malha está com preço negativo (valor patrimonial menor que o passivo).
O vice-presidente do BNDES, Pio Borges, disse que serão repassados bens e direitos à malha para garantir uma melhora de preço.
O CND também definiu cronograma para concessão e arrendamento de oito portos, entre eles o do Rio de Janeiro.
Os portos de Itajaí (SC), Cabedelo (PB) e Porto Velho (RO) serão licitados ainda neste ano. O de Laguna (SC), que integra o pacote, será examinado depois.
O CND entendeu que Laguna localiza-se em área valorizada e comporta um segundo empreendimento (como uma marina) no conjunto da licitação, mas o leilão deve ser confirmado para este ano.
Os portos de Maceió, Manaus e Recife serão licitados no início de 97. Os terminais portuários do Rio serão arrendados em 54 partes.
A entrevista sobre as ações do CND foi falha. O ministro Antonio Kandir (Planejamento) e o secretário-executivo dos Transportes, José Luiz Portella, além de Borges, não tinham informações precisas.
Não souberam responder, por exemplo, se uma única empresa poderá comprar todos os portos.

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