São Paulo, quarta-feira, 25 de setembro de 1996 |
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Pernambuco é base para projeto
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O programa de proteção a testemunhas que o Ministério da Justiça quer implantar no país será baseado na experiência da ONG pernambucana Gajop (Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares).Desde janeiro, a entidade desenvolve com o governo do Estado e o Ministério Público um programa de proteção que atende 42 pessoas e é considerado modelo. O programa deverá ser estendido a partir de outubro para Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Espírito Santo. Se der certo, poderá ser adotado em todo o país. O programa só protege vítimas de tentativas de homicídios, testemunhas ou familiares de vítimas -criminoso arrependido não é beneficiado. A maioria das testemunhas tem menos de 18 anos (54%), renda familiar inferior a um salário mínimo (52%) e é analfabeta (60%). "É muito difícil arranjar novos empregos para essas pessoas porque elas não têm qualificação. Por isso, negociamos bolsas de trabalho e estágios para os adolescentes junto a instituições públicas e privadas", disse Jaime Benvenuto, coordenador do Gajop. A verba anual destinada ao programa pelo governo é de R$ 120 mil. As testemunhas recebem cestas básicas e ajuda financeira quando não conseguem emprego. Texto Anterior: ONGs querem plano de proteção a testemunhas Próximo Texto: Vaqueiro morou em 4 Estados Índice |
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