São Paulo, quinta-feira, 26 de setembro de 1996 |
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Brasil tenta ampliar parcerias em ciência Acordo é proposto à Inglaterra LUCIA MARTINS
O "acordo-quadro" é uma espécie de mecanismo de facilitação para que empresas e universidades inglesas aumentem sua participação no Brasil. "Nossas leis de incentivo a empresas são boas, mas eles não conhecem. Vamos investir em informação, que é o que falta", disse ontem à Folha o ministro da Ciência e Tecnologia, Israel Vargas, que participou de um seminário em Londres sobre o tema. O acordo inclui vários projetos de integração entre instituições de pesquisa inglesas e brasileiras, muitos deles já em andamento, como projetos de estudo da floresta tropical, de reformulação do SUS (Sistema Único de Saúde) etc. Um dos principais temas a serem abordados durante a finalização do acordo será a propriedade intelectual de descobertas científicas. "Queremos que os estudantes brasileiros que estão trabalhando no exterior gozem dos direitos de suas descobertas. Essa questão ainda não está bem regulamentada nem no Brasil", disse Vargas. Há no exterior 5.000 estudantes de doutorado e pós-doutorado com bolsas do governo federal, dos quais 300 no Reino Unido. O ministro disse que quer aproveitar um programa inglês que premia jovens inventores. "Precisamos de um projeto semelhante. E por que não usar a experiência deles? Eles também não conheciam bem as nossas leis de incentivos (de redução de impostos para empresas que investem em ciência) e gostaram. Aumentar a troca de experiência é o principal objetivo do acordo." O ministro reclamou também da pequena participação das empresas brasileiras em projetos de pesquisa e desenvolvimento. "Estamos atrasados em investimentos em pesquisa. Comparadas com empresas de países desenvolvidos, elas ainda investem muito pouco." Texto Anterior: Universidade do DF emite carteirinha Próximo Texto: Tribunal do Rio mantém proibição a nudismo Índice |
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