São Paulo, sexta-feira, 27 de setembro de 1996
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Nabil Bonduki pretende criar transporte por microônibus

ROGÉRIO GENTILE
DA REPORTAGEM LOCAL

O arquiteto Nabil Bonduki (PT), 41, participou da implantação do projeto de mutirões como superintendente de habitação popular na gestão Erundina.
Professor de urbanismo na Escola de Engenharia de São Carlos (USP), Bonduki defende a criação de um sistema de transporte coletivo por microônibus, que seja integrado ao metrô e aos corredores de ônibus.
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Folha - Qual seria a sua linha de atuação na Câmara?
Nabil Bonduki - Tenho um conjunto de projetos ligados à idéia de urbanidade, de respeito ao espaço público. A Câmara tem que discutir um novo plano diretor e reorganizar o sistema de acesso à terra na cidade.
Folha - Como o sr. compara o projeto Cingapura e os mutirões da Erundina?
Bonduki - O mutirão envolve uma parceria com uma organização não-governamental ou uma cooperativa. Os recursos são repassados para essa organização, para que ela os administre segundo as regras definidas no programa. Como envolve a população, o custo é muito menor. O mutirão demora mais que o Cingapura para ficar pronto, mas custa a metade.
Folha - Mas o sr. é contra o Cingapura?
Bonduki - Acho que as habitações podem ser feitas por mutirão e também por empreiteiras. O Cingapura não é uma panacéia nem um fiasco, mas precisa ser melhorado.
Folha - Qual é o principal problema de São Paulo?
Bonduki - O transporte. O próximo prefeito tem que investir no transporte coletivo. Proponho um transporte por microônibus, com integração com o metrô e com os corredores de ônibus -tudo isso estruturado a partir do bilhete único.

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