São Paulo, sexta-feira, 27 de setembro de 1996 |
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Movimento do mercado cai com a greve
JOSÉ CARLOS VIDEIRA
Principalmente o interbancário e o de câmbio. O movimento grevista fez com que o ritmo das operações fosse bem menor que o normal. Nas regiões central e da av. Paulista, onde se concentram os bancos mais atuantes do mercado, os piquetes dos grevistas impediram a entrada dos bancários aos locais de trabalho. Com isso, alguns bancos, que têm base da administração das operações centralizada nessas regiões, preferiram ficar de fora do mercado. Isso para não correr o risco de ter comprometido o processamento dos negócios que seriam fechados ontem. No câmbio, o dia foi fraco, com a cotação média do dólar comercial fechando estável a R$ 1,0202 na ponta vendedora, próxima do piso da minibanda. O Banco Central (BC) esteve fora do mercado de câmbio, mesmo com a cotação do dólar flutuante fechando a R$ 1,0261 -furando o teto da minibanda. A única movimentação mais forte, observada pelos operadores das mesas de câmbio ontem, foi a do Banco do Brasil, que entrou vendendo cerca de US$ 300 milhões, segundo cálculos do mercado. No futuro de taxas de câmbio da BM&F, o contrato de outubro, que projeta o mês presente, recuou 0,02%, para R$ 1,021. A desvalorização projetada para setembro ficou em 0,52%. Bolsas As Bolsas de Valores também tiveram um dia fraco. Segundo operadores, não foi tanto por causa da greve, mas ainda pela ausência dos investidores estrangeiros no mercado brasileiro de ações. Os cenários interno e externo até que favoreceriam os negócios com ações. Mas as Bolsas não reagiram nem mesmo ao recuo para 6,88% dos T-Bond nos EUA. A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou com volume financeiro 30% inferior ao do dia anterior. Os negócios com ações na Bolsa paulista totalizaram R$ 274,69 milhões, contra R$ 395 milhões ontem. O índice Bovespa subiu 0,33%, em 65.359 pontos. A Bolsa do Rio de Janeiro caiu 0,37%, com 23.659 pontos (Isenn). Texto Anterior: IPC da Fipe se mantém estável e fica em 0,10% Próximo Texto: FGV aponta riscos nas isenções de ICMS Índice |
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